Transumanismo e Brain Computing: êitcha!

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BCI não é mais ficção. Brain Computing Interfaces são nossos cérebros interagindo com computadores. Ou melhor, sendo parte deles, como uma extensão neural. Na medida em que as pesquisas e avanços nesse campo da computação avancem, em paralelo com a computação quântica, seremos cada vez mais parte das máquinas e elas de nós: transumanos.

 

Tenho falado sobre isso há uma década. Quer dizer, eu não. Sou apenas o mensageiro. Portanto, não me mate. Quem de fato fala é quem faz. Neuralink, do Elon Musk e outras grandes pesquisas do Google estão entre os projetos mais avançados em que máquinas e computadores se falam e, mais que isso, se integram.

 

Um novo estudo do NCC Group, altamente qualificado e especializado no assunto, detalha as interfaces cérebro-computador (BCIs), que podem representar uma ameaça significativa à liberdade pessoal. As BCIs apresentam uma série de questões éticas, legais e existenciais sobre como fazer garantias sobre sistemas que não podem ser controlados, como o cérebro humano.

 

O transumanismo é um tópico-chave, delineando a maneira pela qual as pessoas fundirão suas mentes com o uso da tecnologia para atualizar as capacidades cognitivas e físicas. 

 

Vou agora, como bom mensageiro que sou, apenas reproduzir o que o estudo do NCC Group, nos ensina.

 

Como funcionam os BCIs?

 

Os BCIs se enquadram em três categorias diferentes:

 

  • BCIs não invasivos
  • BCIs parcialmente invasivos
  • BCIs invasivos

 

Os BCIs não invasivos são normalmente sensores aplicados na cabeça de uma pessoa ou através do uso de um capacete ou exoesqueleto com sensores neles. Esses dispositivos normalmente apenas leem dados do cérebro de uma pessoa e são usados ​​em uma função de monitoramento. Como esta versão dos BCIs é limitada no que pode fazer, eles não podem usar efetivamente os sinais de alta frequência devido à resistência do crânio. Esses dispositivos funcionam de maneira semelhante a um eletroencefalograma (EEG).

 

As versões parcialmente invasivas são implantadas dentro do crânio humano, mas não repousam diretamente no cérebro de uma pessoa. Devido a isso, esses BCIs têm um risco menor de criar tecido cicatricial, pois existem apenas na massa cinzenta do cérebro. Usando esses dispositivos, as pessoas mostraram a capacidade de fazer os dispositivos eletrônicos funcionarem sem o uso das mãos por meio de sinais transmitidos pelo sensor.

 

Um exemplo de BCI invasivo descrito acima é o Neuralink, e esses dispositivos são colocados diretamente sob o couro cabeludo para transmitir sinais dentro e fora do cérebro. A única grande desvantagem disso é a utilização de cirurgia invasiva e o potencial de formação de tecido cicatricial ao redor do local, o que pode levar a possíveis efeitos colaterais, como convulsões. O chip da Neuralink permite que as informações sejam transmitidas via Bluetooth.

 

Uma parte fundamental dessa tecnologia BCI é a maneira como ela pode ser aplicada à IA e aprendizado de máquina (ML). Usando IA e ML, a tecnologia foi associada ao movimento com base na atividade cerebral até o ponto em que pode prever o movimento futuro com base nessa mesma informação. Diferentes interfaces podem ser usadas por rastreamento ocular, reconhecimento de fala, AR/VR, tecnologias sem fio e almofadas de detecção muscular.

 

Agora que você, como eu, ficou apavorado, o que me resta dizer é que essas pesquisas vão continuar, gostemos delas ou não. Nosso papel são dois: continuar sendo críticos e tentar denunciar abusos; nunca aceitar a imposição de algo que nos tire a alma humana que temos. Porque aí, ferrô.

 

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