Tenho mais de 150 sócios. E daí?

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Nunca tinha feito a conta antes. E mesmo agora que fiz, sei que o resultado é apenas uma proxy da realidade.

 

Cheguei a conclusão que tenho mais de 150 sócios. Uma parte deles, nem conheço.

 

O resultado inclui as 25 startups ligadas a minha holding, a Macuco Tech Ventures, das quais sou sócio, além da Pipeline Capital Tech.

 

Há startups que têm fundos de investimento como sócios também e aí a conta fica até meio sem fim, porque cada fundo pode ter um sem número de sócios. Esses não estou nem considerando no cálculo aqui.

 

Tem startups que possuem options pool para seus colaboradores e esses colaboradores, como não estou no dia a dia das operações, fica impossível conhecer.

 

Algumas delas, por outro lado, têm atuação fora do Brasil, o que resulta no fato de eu ter sócios gringos, que nunca vi na vida.

 

A maior parte dos meus sócios eu conheço. E não me pergunte como, mas mantenho relações permanentes e regulares com eles.

 

E daí? Qual meu ponto, afinal? A economia em rede e a malha de investimentos hoje in place no Brasil.

 

Se você acha que sou diferentão e um bicho estranho, enganou-se. Somos muitos bichos estranhos assim e não se espante se você mesmo, em algum momento, começar a fazer parte dessa rede.

 

A economia em rede é aquela originada da revolução digital, em que as conexões se multiplicam e se espalham de forma cada vez mais exponencial.

 

As startups são hoje, possivelmente, as agentes mais ativas e otimizadoras desses ecossistemas de inovação e negócios e as malhas de investimento que as fomentam e suportam são a expressão espelhada, no âmbito financeiro, da diversificação de pontos conexos hoje possíveis para quem deseja participar como financiador de toda essa brincadeira de gente grande.

 

Sou um micríssimo elo dessa cadeia. Meus sócios também. A beleza é que somos todos únicos e vitais, como os blocos de um gigantesco blockchain. Que hoje está cada vez mais sofisticado e consolidado no Brasil, que por sua vez, se insere num ambiente macro-econômico de abrangência global.

 

E, de novo, do qual muitos outros agentes, possivelmente como você que me lê agora, podem participar também.

 

Os instrumentos de participação aberta em sociedades com os formatos e composições os mais diversos se multiplicam, democratizando a inserção no sistema de cada vez mais gente.

 

Se você entrar num crowdfunding aberto na internet, por exemplo, de largada, já fica sócio de dezenas de pessoas. Pode até ser que chegue a ser sócio de muito mais gente do que eu, numa tacada só.

 

Tá vendo como não sou um bicho tão estranho assim?

 

Estimulo muito que você, se puder, pense nisso. Não estamos falando, nem de longe, de investir fortunas. Pequenas quantias são já, hoje, suficientes para você entrar no jogo.

 

E jogar esse jogo, além dos eventuais ganhos estritamente financeiros que se possa ter, treina você para abrir a mente e ver como é diverso e praticamente sem fim o poder de avanço e inovação das startups no mundo contemporâneo.

 

O ganho com essa percepção, por sua vez, vai fazer você mudar a forma como se relaciona com a empresa onde trabalha, vai transformar seu conhecimento sobre a economia moderna, além de redimensionar seu entendimento sobre você mesmo e seus limites. E de como é fascinante e possível ampliá-los.

 

Um abraço aos meus mais de 150 sócios. Comece a ter os seus. Quem sabe, não viramos sócios hora dessas por aí também.

 

 

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