Porque a internet está apodrecendo

3 mins read

O conceito deste título aí acima não é meu. É de um ensaista, professor de direito e da ciência da computação de Harvard norte-americano bem foda, chamado Jonathan Zittrain, co-fundador da Berkman Klein Center for Internet & Society, organizção que estuda e analisa os impactos da internet nas sociedades.

 

Em seu artigo profundo e cabeçudo The Internet is Rotting, publicado no Medium, cujo link vou colocar lá embaixo pra você ler na íntegra, se desejar, ele defende que aquilo que era para ser o pool democrático e onipresente de todo o conhecimento humano, além de plataforma de contato e relacionamento dos habitante da Terra em comunhão e congraçamento entre sí, tornou-se um instrumento de poder e de dominação política e econômica. Tipo, deu ruim. Tipo, deu muito ruim.

 

O subtítulo resume a  frustração: “Too much has been lost already. The glue that holds humanity’s knowledge together is coming undone”. Ou, traduzindo o significado, os elos que ainda mantêm o conhecimento humano unido estão se rompendo.

 

A lógica de Zittrain leva em conta que a internet foi fruto de um monte de gente e de ninguém especificamente, tudo ao mesmo tempo. Nascida assim, foi ótima quando começou. Mas foi cedendo lugar às forças dominantes que controlam as economias globais e aí, o que era para ser um jardim da infância, virou meio que o inferno de Dante.

 

Num momento quase poético, nosso autor define assim a internet: “A world wide web (www), assim como a internet, é uma alucinação coletiva, um conjunto de esforços independentes unidos por protocolos tecnológicos comuns, para aparecer como um todo mágico contínuo”.

 

No centro, o conceito de que a internet não tem centro. Nem controle. É fruto de uma alucinação coletiva amarrada por protocolos de tecnologias e dados.

 

O professor Zittrain anda perdendo o sono com o racionalismo controlador que se assenhoreou dessa original alucinação coletiva. E defende que a loucura era mais legal (inclusive juridicamente falando), que a nova lógica do domínio.

 

Talvez nosso dileto acadêmico, que poderá facilmente ser qualificado como um purista anacrônico, tenha lá seu ponto.

 

Confira neste link aqui.

 

Deixe um comentário

Your email address will not be published.