Zilhões de consumidores se engajaram (ainda se engajam e continuarão se engajando, historicamente como nunca antes) nas compras online, enquanto as lojas físicas do varejo sofreram e seguem sofrendo com a pandemia.
Mas isso começa já a se alterar nos países desenvolvidos, em que a retomada da vida ao vivo já começou. Vai acontecer conosco aqui no Brasil também em breve. Sei que é difícil acreditar, mas vai.
E agora, o que fazer para engajar essa gente toda, tendo uma parcela enorme recém descoberto as maravilhas e comodidades das compras digitais?
Uma das formas das lojas físicas voltarem a vender é entenderem que não são mais apenas físicas e que sua integração com o digital passou a ser vital.
Outra possibilidade óbvia é que, ao vivo, as compras por impulso são bem maiores que as do mundo digital. É o que registra estudo do NPD Group, empresa de pesquisas de mercado dos EUA. Para roupas, por exemplo, 25% das compras são feitas por impulso, contra 16% online, diz o NPD. Boa notícia para toda a indústria da moda.
Outra possibilidade é criar, como nunca antes, experiências memoráveis de compra na vida real. Os consumidores estão mais receptivos do que nunca às mudanças que podem tornar a experiência na loja mais segura, mais acessível e mais conveniente. Fica por conta da criatividade do varejo imaginar como aproveitar essa tendência, que pode envolver soluções tecnológicas interativas (como AR/VR por exemplo), além de sistemas de compra sem contato e autônomas, como na Amazon Go. Ou o uso de RFID e QR Codes.
Fato é que as lojas físicas costumam ser a opção de atendimento mais lucrativa para muitos varejistas. Isso significa que não há tempo como o presente para os líderes de varejo repensarem as operações da loja, aumentar a eficiência e aproveitar até para reduzir custos dessas operações, nem sempre baratinhas.
Novos tempos para o varejo. Muitos desafios. Oportunidades sem fim.
