Open-source e-commerce: ou o e-commerce 3.0

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Análise da McKinsey nos chama a atenção para essa nova fase de avanço do e-commerce global. Uma fase em que o conceito e a prática dos códigos abertos ganham relevância e em que áreas e fases antes fechadinhas e proprietárias das empresas do setor (muito ciosas de suas próprias soluções verticais únicas e, pretensamente, diferenciadas e melhores que a de todos os demais concorrentes) se integram em ambientes ágeis e colaborativos de co-criação, desenvolvimento e deploy. Outro mundo isso.

 

Nesse novo ambiente e sob essa nova filosofia, é possível desenvolver um inventário de produtos, integrações nos sistemas ERPs e marketing digital, com páginas de produtos com recursos completos de pedidos. 

 

Projetos muitas vezes antes concebidos, nos sistemas legados habituais e de prática atual de mercado, para demorarem mais de ano para estarem prontos e no ar, podem ser desenvolvidos agora em semanas.

 

Só que, como analisa o trabalho da McKsiney, a cultura de código aberto no ambiente do e-commerce é um mito. Um enigma a ser decifrado. Uma cultura a ser hackeada. 

 

Os códigos-fonte abertos disponíveis hoje no mercado são perfeitamente utilizáveis pela indústria do e-commerce e podem fornecer uma ampla gama de benefícios, muito caros ao setor, como velocidade, baixo custo total de propriedade, flexibilidade e acesso a talentos, para citar alguns.

 

Embora a economia de custos seja um benefício importante, o valor real de usar o código aberto está na aquisição de talentos-chave, ajudando a construir uma arquitetura aberta e acelerando a cultura de velocidade e flexibilidade necessária para ser competitivo em um mundo digital. “Ser sério sobre ser digital significa ser sério sobre o código aberto”, defende a McKinsey.

 

No entanto, alerta também, grande poder implica em grandes responsabilidades. Seguir o caminho do código aberto requer um compromisso maior e mais responsabilidade por parte da empresa. Não é uma bala de prata.

 

O código aberto para e-commerce é uma opção cada vez mais viável para grandes empresas, além das pequenas, notadamente mais ágeis. Especialmente para aquelas que possuem o talento de engenharia necessário e consideram o e-commerce como uma opção estratégica importante. 

 

O talento e as habilidades para criação, produção e gestão de soluções em código aberto, importante ressaltar, podem ser considerados difíceis e caros para desenvolver. Mas há uma consideração importante aqui, que tem a ver exatamente com o conceito aberto de desenvolvimento de novas tecnologias.

 

O código aberto permite acessar grandes comunidades globais de colaboradores, o que significa que as equipes internas podem ser muito menores. 

 

Em uma empresa de telecomunicações, por exemplo, cita a McKinsey, uma equipe de 30 desenvolvedores, arquitetos, desenvolvedores de back-end e profissionais de marketing digital precisou de dez meses para construir uma experiência de funil de seus clientes. Outra empresa, em contraste, alavancou soluções de código aberto para construir um canal de vendas digital com escopo semelhante em apenas três meses com uma equipe de dez.

 

Enfim, o alerta da McKinsey faz um enorme sentido em um mundo em que os silos proprietários para o desenvolvimento de soluções de software (e-commerces são, basicamente, softwares) ficam cada vez mais sem sentido.

 

Pense em código aberto quando pensar no seu e-commerce.

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