Jargões adtech são a língua pátria de sua falta de diferenciação

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Tive acesso outro dia a uma empresa de adtech que se qualifica assim.

Através do uso de dados em várias camadas e com o uso de Inteligência Artificial, nossa plataforma automatiza a execução e a otimização de publicidade digital assegurando desempenho com métricas de mensurabilidade em tempo real. Isso assegura aos profissionais de marketing acesso assertivo e cross-channel ao target desejado, através dos principais canais de comunicação, incluindo vídeo e OTT, mídias sociais, pesquisa, áudio, native ads e-mail em um só ambiente. Essas soluções integradas unificam a publicidade e permitem mensagens personalizadas sempre para o público certo, esteja ele o de ele estiver.

Faltou talvez dizer que a tal plataforma “otimiza engajamento reduzindo o CAC ”.

Não tem nada de errado nem com a plataforma, nem com ela se “vender” e se posicionar assim. Não se ela deseja não ser nada diferente de toda a indústria adtech, que resolveu oferecer essencialmente as mesmas coisas, da mesma forma, para um mesmo mercado. Aí tá tudo certo. Estratégia na mosca.

A mesmice e falta de diferenciação de uma indústria que resolveu se acomodar com ofertas tecnológicas comoditizadas e com baixa oferta de real inovação e disrupção só prejudica seu próprio desenvolvimento, avilta seus preços para baixo e, no tempo, poderá vir a ser sua própria sepultura.

Não precisava ser assim. Há um sem número de novos, complementares e diversificados caminhos a serem percorridos em que adtech se mescla com demais elos da cadeia de marketing, vendas e negócios das empresas.

Os jargões técnicos desse setor hoje mais revelam do que escondem sua própria inércia.

O resultado é que ele pode morrer por falta de LTV.

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