Heads up: a terceira guerra já começou! E ela é digital!

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Volto ao assunto porque recebi em casa o exemplar físico da revista MIT Technology Review que é fundamentalmente e na íntegra sobre o tema.

Volto ao tema sobre o qual venho recorrentemente falando desde de 2015, quando assisti a uma vital e definitiva palestra sobre a guerra mundial digital já em curso, no SXSW, que explodiu minha cabeça.

Desde então, publiquei, sei lá, uma dezena de posts e análises sobre o assunto e acho que não vou parar mais, porque ele é crucial para tudo hoje em nossas vidas, embora ingenuamente acreditemos que não.

Volto ao assunto porque recebi em casa o exemplar físico da revista MIT Technology Review (da qual, graças às graças do André Micelli, me tornei colaborador no Brasil), que é fundamentalmente e na íntegra sobre o tema.

Tinha lido ligeiramente na versão digital. Mas ligeiramente quer dizer negligenciadamente. E hoje, domingão pela manhã, mergulhei aqui na mais deliciosa e brilhante publicação que costumo ler hoje em dia.

Na capa, uma palavra de ordem definitiva: POWER. Uma bandeira vermelha (analogia com a China?), com o característico ícone power on de aparelho digitais de hoje em dia. E ali em cima, no chapéu editorial, como chamamos no jargão jornalístico, o tema central: techonationalism.

E a explicação do que nós, privilegiados leitores, vamos encontrar lá dentro: Whos has it, who wants it, and who´s losing it.

Lá dentro, excelentes reportagens sobre, é claro, a China, mas também Rússia, Índia, Israel, Estados Unidos e … Brasil. Wow!

Seria estranho se não fosse óbvio. A revista analisa como o Governo Bolsonaro arquiteta um Estado de Poder, em que o controle de dados pessoais da população, como na China, são parte essencial de uma política de controle da informação e de comportamento social da população.

Tecnonacionalismo é isso: controle do Estado sobre a população através da tecnologia. Vai além, aliás, porque chega no controle não só da população nacional dos aparatos de Estado nacional local, para expandir-se além fronteiras e chegar ao controle da população de outras nações, amigas ou, principalmente, inimigas.

Como explica o editor Gideon Lichfield, technonacionalist é … “the urge for nations to amass technological prowess and use it as an instrument of geopolitical power is what we mean by technonacionalism”.

Está mais do que claro.

A China e a Rússia dominam extremamente essas técnicas. Recentemente, publiquei artigo em que comento como a China está usando a Inteligência Artificial e sua poderosa arma, as deep fakes images, para criar perfis falsos no Facebook e influenciar norte-americanos agora nas eleições presidenciais. Leia aqui. https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/blog-do-pyr/2020/09/28/china-usa-facebook-para-propaganda-politica-com-ai-de-rostos-falsos.html

Num artigo sobre as eleições americanas que colocaram Trump no poder, escrevi: “Os eventos aparentemente isolados de hacking pelos russos das eleições nos EUA e do Brexit, o boicote norte-americano a Huawei, as invasões de telecoms pela China, é tudo uma coisa só: a guerra já começou”

Nesse artigo, publiquei links para vários outros escritos por mim e por outras pessoas na mídia global, como você pode ver abaixo.

https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/blog-do-pyr/2019/06/28/a-guerra-global-digital-ja-comecou-se-liga.html

https://www.proxxima.com.br/home/proxxima/blog-do-pyr/2020/08/03/tik-tok-trump-e-o-que-voce-nao-esta-enxergando-nesse-conflito.html

Leia aqui matéria sobre a provável invasão de algumas das maiores companhias de telecom do mundo pelo Governo Chinês.

E aqui, matéria exatamente sobre esse meu tema.

E aqui um dos meus momentos mais alarmistas e doidões sobre como a tecnologia está hackeando a vida, publicado em ProXXIma meses atrás.

E se quiser ler um livro sobre isso, leia este, que brinca com o nome “cold war”, na versão digital global de hoje, virando Code War.

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