Grandes grupos são os que mais adquirem startups no Brasil

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Dados do levantamento feito pela Distrito revelaram que as grandes empresas foram responsáveis pela maioria das aquisições de startups brasileiras no primeiro semestre de 2020

Um estudo batizado de Inside Venture Capital, realizado pelo Distrito Dataminer, braço de pesquisa de mercado da empresa de inovação aberta Distrito, revelou que as companhias de grande porte foram responsáveis por 58,1% das aquisições de startups brasileiras no primeiro semestre de 2020.

Essas operações têm sido comuns para empresas que buscam inovar em seus negócios. E um bom exemplo em como essas aquisições podem ser boas para grandes companhias é o grupo Carrefour. Em 2018, o Carrefour adquiriu a plataforma de receitas CyberCook, como parte do projeto de transformação digital da companhia.

Alexandre Canatella, CEO e co-fundador do CyberCook, e diretor de negócios digitais do Carrefour Brasil, explica que a compra da plataforma de receitas pela rede varejista foi importante para o propósito da companhia de colaborar no processo de transição alimentar do brasileiro, ajudando as famílias a se alimentarem de uma maneira mais saudável.

“Quando você acorda e decide se alimentar, você já causa impactos ambientais e econômicos. O Carrefour deseja transformar a alimentação do brasileiro em uma alimentação mais saudável, acessível e com preços justos para todos.  Esse é o lugar de conversa da empresa, e as startups participam deste diálogo”, afirma o co-fundador do CyberCook.

Outra aquisição destacada por Canatella, como parte do plano de transformação digital do grupo varejista brasileiro, foi a compra de 49% da fintech Ewally pelo Banco Carrefour. Essa operação, segundo Alexandre, tem por objetivo melhorar as formas de pagamentos do grupo e  desenvolver soluções de crédito.

Felipe Wasserman, sócio e Head de Marketing da Pipeline Capital, acredita que as grandes empresas estão percebendo que essas startups têm uma visão e um foco muito grande, além de uma produção sem amarras e paradigmas. “O Carrefour comprar o CyberCook é fora do paradigma normal. É uma empresa de varejo, de supermercado, mas ela diz não, eu não sou só isso, eu não me vejo desse jeito”, explica Wasserman.

O executivo da Pipeline defende que para as grandes empresas durarem em um mundo de constantes mudanças em que vivemos, elas precisam se enxergar fora do óbvio. “Magazine Luiza compra uma empresa de tecnologia, o Carrefour compra uma empresa de conteúdo. A gente vai se surpreendendo constantemente com as teses e as histórias de empresas que estão sempre abertas a caminhos diferentes”, finaliza o sócio da Pipeline.

 

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