Marc Andreessen cunhou a frase de que os apps estão comendo o mundo (“apps are eating the world”). Pois Raja M.Koduri, vice-presidente sênior e gerente geral do Grupo de Sistemas e Gráficos de Computação Acelerada da Intel, semana passada, disse que as redes neurais vão engolir os apps. Mais precisamente, ele disse que as redes neurais para Inteligência artificial serão os novos apps.
Parece papo de nerd, e é mesmo, mas não é difícil de entender.
Raja e a Intel entendem que os processadores não estarão mais concentrados nas CPUs das máquinas, como temos hoje. Graças às redes neurais para desenvolvimento da Inteligência Artificial, que são altamente eficientes e um fenômeno tecnológico evolutivo que surgiu bem depois da arquitetura clássica do processadores ter sido desenvolvida, décadas atrás, o novo dado da planilha é que elas se proliferarão por toda parte, não necessariamente ficando restritas às centrais de processamento dentro de computadores. Chips de redes neurais para Inteligência Artificial serão as novas centrais de processamento.
É como se a computação saltasse para fora dos computadores e pudesse estar presente nas coisas em geral. E aí, como bem disse Raja, nem precisaríamos mais dos apps, já que os benefícios dos apps estariam disseminados pelas redes neurais de Inteligência Artificial onipresentes em toda parte.
Sacou?
