A escassez global de chips e como ela afeta você

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Quase todos os dispositivos eletrônicos digitais hoje são alimentados por semicondutores, que contêm silício e são essenciais para a criação de circuitos integrados, também chamados de microchips. 

 

Você tem microchips a sua volta o tempo todo. Eles estão no seu celular, no seu carro, em vários aparelhos eletrônicos, como sua Smart TV, por exemplo, cartões de crédito, consoles de video games, no seu computador, seja ele de que tipo for, em uma série de equipamentos industriais em todos os setores das indústrias, em equipamentos hospitalares, bom, você já entendeu: sem os microchips nossa vida como a conhecemos hoje não existiria.

 

Pois existe hoje uma crise na produção global dessas pastilhinhas de silício. E agora?

 

Agora que o impacto já se faz sentir em todos esses setores aí acima e você já está, meio que sem saber, sendo afetado, seja porque a indústria automotiva, ou de celulares, ou de computadores, e todas as demais, estão reduzindo sua capacidade produtiva, seja porque os preços desses equipamentos todos estão aumentando, seja porque países com economias mais fortes tendem a se dar melhor em momentos de crise e o Brasil, definitivamente, não está entre elas, e vamos pagar uma conta maior com menor atenção dos fabricantes, que privilegiarão quem tem mais grana e consome mais microchips. 

 

Os maiores consumidores de chips são os EUA e os maiores fabricantes são asiáticos, como Taiwan e Coreia, que respondem por 83% da produção global.

 

Essa crise deve se estender por mais dois anos, projetam os institutos de análise da indústria de tecnologia como Forester e Gartner. E irá se revertendo aos poucos na medida em que o aumento da produção internacional deverá ocorrer nesse período, com os maiores fabricantes buscando aumentar sua produção, bem como investimentos em novas plantas de fundição do silício estão sendo esperados nos planos dos gigantes globais do setor.

 

Enquanto essas são as projeções disponíveis no momento, não há ainda exatamente como prever o impacto da chegada da Internet das Coisas, ou seja, internet em todas as coisas que possam conter um chip. Essa tendência está em crescimento e de forma acelerada e essa demanda extra ainda não foi exatamente mensurada nessas contas todas.

 

Centros de pesquisa em todo o mundo estão investindo em tecnologias e componentes que possam substituir o silício, como matéria prima, bem como o microchip em todo o seu conceito. Mas o sucesso dessas pesquisas ainda é incerto. 

 

Por enquanto, só mesmo o incremento da produção parece ser o único caminho possível para o combate à escassez. Não são boas notícias. Mas são as que temos para o momento. 

 

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