Ecommerce na China atinge 50% do total de varejo do País. Histórico.
Nenhum País atingiu esse patamar ainda, mas a China acabou de chegar lá: 50% da receita de varejo do País é já proveniente do ecommerce.
O resultado aparece em estudo recentemente publicado pelo eMarketer. Já vai rolar este ano, quando o setor representará 52,1% do total do varejo no País, projeta o instituto. Sendo que, em 2024, vai chegar perto dos 60%. Nenhum outro País chegou a tanto.
Nunca o varejo digital será 100% do varejo total de País nenhum, por motivos óbvios. Continuaremos comprando ao vivo e a cores, notadamente quando os rigores da pandemia se reduzirem e passarmos a sair mais de casa, fazendo compras nas lojas físicas.
Mas a tendência do varejo online tornar-se o segmento cada vez mais relevante dessa indústria é inexorável. Em todos os países.
É certo que a China é um caso à parte, por ter características próprias. Nos EUA, esse número é de 15%, aproximadamente. No Brasil, ainda não passa de 10%. Mas os índices de crescimento, aqui, são impressionantes. No primeiro semestre de 2020, as vendas online cresceram cerca de 50% em relação a igual período do ano anterior e o tícket médio teve também alta expressiva.
Dependendo do setor pesquisado, esse número pode se alterar de forma relevante. No estudo abaixo, da Boa Vista, a média das empresas pesquisadas foi de 29%.
O estudo da Boa Vista detectou que das 350 das empresas pesquisadas no Brasil, em levantamento feito entre janeiro e fevereiro, portanto antes da pandemia, apenas 39% delas utilizam a internet para negócios e apenas 38% possuem site próprio. O que significa que o Brasil vive uma espécie de Idade Média em termos de comércio eletrônico comparado com o resto do mundo. Comparado com a China, vivemos a pré-História.
A boa notícia nisso é que não há qualquer caminho no País que não seja o crescimento de todos esses índices daqui em diante. O mesmo levantamento feito hoje, em meio a pandemia, deverá apontar percentuais muito maiores de adesão das empresas ao varejo digital, sendo que essa será uma tendência de crescimento e maior envolvimento sem volta.
O e-commerce vive um momento único na história. Os 50% da China são um marco. Outros países atingirão em breve marcos próprios igualmente relevantes para suas respectivas realidades. Apenas esperar para ver.