Pela primeira vez semana passada, Elon Musk trouxe a público um resultado concreto das pesquisas de sua companhia de Inteligência Artificial, a Neuralink.
Neurlalink vai colocar chips no nosso cérebro com o objetivo de dotar nossa capacidade de raciocínio de habilidades que humanos não temos.
Em vídeo postado pelo bilionário, um macaco parece jogar o videogame Pong utilizando para isso apenas a sua força cerebral. Wow!
Como explica a reportagem da Fast Company, no vídeo, um narrador explica que o macaco, chamado Pager, tem dois chips Neuralink implantados em seu cérebro. Esses chips puxam e registram informações de mais de 2.000 eletrodos, que foram colocados no córtex motor do Pager para registrar os movimentos desejados de sua mão e braço.
Primeiro, o Pager joga um jogo de computador usando um joystick. Os chips Neuralink registram essas informações. O Neuralink comunica sem fio a atividade neural para um banco de dados, onde é combinada com os movimentos da mão do Pager, para que possa ser processada e analisada. Em seguida, o joystick é retirado e o Pager é configurado para jogar apenas usando seu cérebro. Desta vez, a tecnologia Neuralink usa IA para estimar seus movimentos desejados com base na atividade neural.
A revista lembra que essa tecnologia não é nova e que seu pioneiro é um brasileiro, o cientista Miguel Nicolelis, professor da Duke School of Medicine e fundador do Center for Neuroengineering da escola.
Nicolelis conduziu teste semelhante em 2003, embora a tecnologia ainda não fosse sem fio. Não deve ser surpresa que muito do trabalho do Neuralink é baseado na pesquisa pioneira de cérebro-máquina de Nicolelis. (Max Hodak, o presidente da empresa, trabalhou no laboratório de Nicolelis na Duke.)
Ainda segundo a Fast Company, a Neuralink espera avançar na tecnologia criando chips e sensores melhores para que esses implantes possam coletar mais atividade neural, conforme explicado neste relatório da Inverse. Em última análise, o objetivo desta tecnologia é ajudar as pessoas que não são capazes de usar métodos convencionais de interação com computadores. Conforme a tecnologia evolui, diz Musk, ela poderia potencialmente “ajudar os paraplégicos a andar novamente”.