Aos poucos, mas de forma inexorável, a biometria vai se insinuando como a grande alternativa ao uso das mega-chatas e ultrapassadas senhas alfa-numéricas, que se multiplicam indefinidamente e criam para todos nós, usuários, problemas de armazenamento e uso prático sem fim.
Não será da noite para o dia, mas vivemos já há anos, a essa altura, o avanço das tecnologias de biometria e hoje, já em vários bancos e ecommerces, os primeiros setores a adotar mais definitivamente essas plataformas de identificação, começamos a ser estimulados a colocar nossas digitais e/ou nossos rostos como forma de segurança e identificação.
É o início de implantação de um outro estágio na evolução da segurança digital remota.
A estatística é do ano passado, mas serve como referência: Um relatório de investigação sobre violação de dados da Verizon concluiu que até 81% dessas violações se devem ao fato de hackers conseguirem obter acesso aproveitando senhas fracas, reutilizadas ou roubadas. As senhas são nosso Karma, porque esquecemos toda hora e temos que lembrar de várias, além de serem também nosso calcanhar de Aquiles, porque precisaríamos ser hackers para criarmos senhas protegidas contra eles.
Mesmo as senhas fortes prontas que encontramos hoje em praticamente todos os sites que nos pedem identificação segura são de uso nada tão amigável assim, para um mundo em que desejamos simplesmente clicar e fazer o que desejamos, sendo a necessidade de identificação um saco e um passo que cria barreiras de fluidez na web.Necessário, mas pentelho.
Os dados biométricos são exclusivos de cada um de nós, porque são nós, tornando-os difíceis de roubar e imitar.
Os dados biométricos dispensam memorização, tornando o atrito dos processos de segurança e login menos penosos.
Está demorando mais do que poderia essa migração, mas quem lida com os sistemas de biometria sabe que há um tempo para adoção, tanto por conta da quebra de cultura nas companhias, ainda incertas sobre como adotar as novas tecnologias, tanto por conta de nós mesmos, usuários, que ainda não conhecemos e entendemos direito como a biometria funciona.
Ambas são, usualmente, barreiras comuns para a introdução de toda nova tecnologia, notadamente no âmbito do consumo. Mas nenhuma delas significa barreira intransponível.
Em breve, diremos adeus às senhas. Já irão tarde. Saco.
