Para muitos entendidos no tema, isso jamais vai acontecer. Para outros, vai. O tema em questão é entrarmos numa era em que não será mais preciso codificar nada no mundo da tecnologia e que a Inteligência Artificial, também ela dependente de códigos, se encarregaria da coisa toda e a codificação viraria, então, coisa do passado.
De fato, já em seu estágio atual, considerado embrionário, o machine learning, uma das linhas de aplicação da inteligência artificial, consegue começar a desenvolver softwares sem a necessidade da codificação clássica. Mas isso é ainda pontual e absolutamente restrito a experimentos específicos.
O que, de fato, estamos falando hoje é sobre um conjunto de plataformas, tecnologias e ferramentas que ajudam as pessoas a criar softwares sem a necessidade de códigos ou com baixa necessidade de codificação.
As plataformas e softwares que normalmente usamos no dia a dia são desenvolvidas a partir da codificação tradicional. As tecnologias sem código otimizam o desenvolvimento de softwares porque são short cuts. Funcionam mais como montar um Lego, com peças já prontas.
Ainda não é possível criar todo o software sem códigos, mas os avanços são inegáveis nessa direção. E cada passo na direção de uma tecnologia sem códigos significa a otimização de recursos barbaramente na produção de tudo o que conhecemos e que tem tecnologia envolvida. Não é apenas papo de entendidos e codadores. É impacto na veia em nossas vidas de gente nada nerd. Tem influência direta nas empresas e nos negócios. Vai ajudar empreendedores e startups. Todos e tudo na criação de novos serviços e produtos mais avançados dos que os que temos hoje. Além de “democratizar” o ato do desenvolvimento para gente mais perto do normal e do ordinário, do que de técnicos especializados. Nada contra os técnicos especializados, mas tudo a favor dessa abertura ampliada para todos os simples mortais.
Não sou técnico, nem nerd. Mas acho que esse caminho é inevitável. E até onde consigo enxergar aqui e agora, me parece uma boa coisa.