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Computação Quântica pode estar aprendendo a raciocinar - Innovation Insider

Computação Quântica pode estar aprendendo a raciocinar

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A inteligência artificial e os algoritmos de machine learning estão cada vez mais adquirindo avançado estágio no que se refere a sua capacidade de fazer previsões futuras. Agora outra nova tecnologia vai na mesma direção: a computação quântica.

 

Em um novo estudo, cientistas da Cambridge Quantum Computing exibiram como a computação quântica, ainda um âmbito de conhecimento nascente, pode ser útil na tomada de decisões práticas e preditivas. O objetivo da pesquisa, segundo o chefe da divisão de Aprendizado de Máquina Quântica do CQC, Mattia Fiorentini, foi mostrar que os computadores quânticos podem lidar com o raciocínio intuitivo – usando inferência em um modelo de probabilidade – que não havia sido abordado dessa forma antes.

 

“É interessante ver como uma nova tecnologia pode ser aplicada para estudar um problema antigo da inteligência artificial, como o raciocínio”, disse Fiorentini.

 

Os resultados mostram como os simuladores em um computador quântico IBM Q pode lidar com tarefas de raciocínio. Para fazer isso, foi necessário codificar um computador quântico, o que não é tão fácil.

 

“Não estamos comparando duas abordagens teóricas diferentes”, acrescentou. “Estamos comparando duas abordagens computacionais de implementação para o mesmo problema.”

 

Os resultados mostram que a máquina quântica poderia usar modelos de inferência (raciocínio) para tirar conclusões. A inferência probabilística, que significa a incorporação da incerteza na programação de computadores, é particularmente adequada para computadores quânticos, disse Fiorentini, porque “os modelos quânticos provaram ser mais expressivos, mais fáceis de treinar em certas circunstâncias.”

 

Em termos práticos, isso significa que a computação quântica pode ser útil para resolver problemas científicos e de engenharia. Os resultados são “bastante flexíveis, surpreendentemente robustos e podem ser aplicados em muitos campos”, disse Fiorentini.

 

Detalhando o experimento, o pesquisador revela: “Você modela um sistema e, em seguida, realiza inferências sobre o modelo, fazendo certas perguntas e descobrindo se o sistema é estável, confiável e robusto – ou está prestes a quebrar – para que você possa intervir”.

 

O diagnóstico médico é um dos campos que pode se beneficiar desses resultados. Embora não possa ser aplicada exatamente a partir dos resultados deste estudo, “continuando nesta direção, algumas dessas técnicas são aplicadas à descoberta de medicamentos”, observou Fiorentini. “Em particular, para adaptar a medicina de precisão ou tratamento baseado em informações genômicas. As pessoas podem ser curadas com um alto nível de eficácia se você for capaz de mapear uma droga específica para uma pessoa específica, adaptando-a ao seu genoma”, disse ele.

 

Por exemplo, os médicos podem usar este modelo para identificar sintomas. “O primeiro nível de informação oculta que você pode querer descobrir é: Qual é a causa do sintoma? É um resfriado comum ou é câncer? Se for câncer, podemos ir mais fundo: Qual é o impacto do fumo?” Lidar com esses tipos de problemas pode ser um objetivo futuro da pesquisa.

 

O uso generalizado da computação quântica ainda está longe. Ainda assim, “estamos felizes com os resultados. A computação quântica foi bem-sucedida – e a construção dessa tecnologia ainda está nos estágios iniciais”, concluiu Fiorentini.

 

(*) Com informações do Tech Republic.

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