Transformação digital não é puxadinho: é a própria evolução da sua empresa de agora em diante.
A transformação digital só dá certo se for feita na empresa como um todo, top down e bottom up. Porque é isso que ela é: algo absolutamente novo no ambiente corporativo moderno, com não muito mais de 10 anos de vida de forma efetivamente relevante na economia global.

Transformação digital não é puxadinho: é a própria evolução da sua empresa de agora em diante.

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Não é fácil fazer transformação digital. Segundo estudo do Everest Group de 2019 (meio antiguinho, mas ilustra o meu ponto no raciocínio aqui), cerca de 78% que enveredaram em processos de transformação digital não conseguiram cumprir seus objetivos de negócios atrelados a ela. Fogo isso, gente!

 

A transformação digital só dá certo se for feita na empresa como um todo, top down e bottom up. E – este é meu ponto – se for cuidada com o carinho e a atenção de uma criança em crescimento. Porque é isso que ela é: algo absolutamente novo no ambiente corporativo moderno, com não muito mais de 10 anos de vida de forma efetivamente relevante na economia global.

 

Durante a pandemia, vimos os processos de transformação digital se acelerarem enormemente. Para as empresas que aproveitaram essa tendência, isso foi muito bom. Por uma simples razão: difícil ou não, tardia ou não, sua empresa vai precisar passar por todos os percalços da transformação digital. Sim ou sim. Gostando ou não.

 

Pois bem. As que já colocaram o pé nessa lagoa e sentiram a temperatura da água, iniciando seus processos internos nesse sentido, precisam tomar o seguinte cuidado: transformação digital não acaba. Ela será recorrente. Na verdade, ela será o próprio processo evolutivo empresarial daqui em diante. 

 

Muitas companhias não entenderam isso e imaginam que, por terem até feito algum sucesso nessa jornada, que podem agora, de alguma forma, se contentar com o que já conquistaram.

 

Queridas empresas leitoras aqui: ledo engano. Não sejam bobinhas e não durmam no ponto. Choque de realidade, gente. Conhece a expressão always beta. Pois então, é isso.

 

Li recentemente um artigo do Adrien Nussenbaum sobre isso. O Adrien é francês e um especialista nesse treco de disrupção e transformação digital. Fez vários projetos pessoais de sucesso montando e vendendo startups por uma boa grana e ajudando empresas como a FNAC, por exemplo, a fazer sua própria revolução digital.

 

Adrian cita três cuidados para quem entrou na experiência da transformação digital para que não percam o trabalho que já foi feito até aqui: 1. Cuidar que os experimentos que foram inicialmente feitos em áreas isoladas da companhia se transmitam por toda a corporação (saia dos silos, diz ele); 2. Na mesma linha, alerta que projetos pilotos são, muitas vezes, atitudes corporativas meio covardes, porque as empresas não querem errar grande e regulam investimentos para pilotos menores, o que muitas vezes funciona, mas não leva a companhia como um todo a transformação integral  nenhuma; 3. Por fim, alerta ele, toda e qualquer conquista de transformação digital de qualquer companhia deve ser comunicada aberta e democraticamente para toda a empresa, porque é assim que vai se criando o caldo de cultura transformational, sem o qual mudanças definitivas jamais ocorrerão. 

 

O francês está radicalmente em tudo. Eu acrescentaria um único centavo a mais um ao seu pensamento… não há short cut: ou sua empresa embarca full nesse foguetão ou perderá o voo inevitável para o futuro.

 

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