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“O nosso mercado de consumo mudou. Nós somos seres sociais, mas graças ao aumento do uso de tecnologia conseguimos fazer mais coisas em menos tempo. A mudança de um ambiente onde o contato humano é bem importante, para outro que a comunicação a distância funciona, ia acontecer de modo devagar. Acreditamos que esta epidemia antecipou em anos uma tendência que já estava acontecendo lentamente, inclusive nós da Pipeline Capital, já trabalhávamos em home office desde o início.
Neste episódio a gente vai falar o que muda no mercado e as relações entre as pessoas após a pandemia do coronavírus.” (Kadu Pereira)
Você acha que vai mudar no modo das pessoas consumirem?
“Sem dúvidas, não somente em como consumimos, mas também no que consumimos.
Ainda vivemos numa sociedade (especialmente no Brasil) onde o e-commerce tem uma participação ainda pequena no total de consumos, algo em torno de 3%. A quarentena fez com que o delivery e o e-commerce se tornaram a única solução para as nossas necessidades, e com isso criou uma rotina e um processo de compra que para muitas pessoas ainda não era uma realidade.
Muitas coisas nós consumimos para mostrar ao outro, não é somente para uso próprio, mas sim como um sinal ao mundo externo. A quarentena fez com que este tipo de consumo seja diminuído pois estamos tendo menos dessa necessidade. E com isso a quantidade os itens que precisamos diminuem também, começamos a refletir a necessidade de ter muitos sapatos e roupas e outros itens. Na nossa visão deve ter uma queda perceptível sobre o mercado de supérfluos que é gigante e pouco se fala sobre ele.” (Felipe Wasserman)
Teve um aumento de digitalização das empresas?
“Tivemos uma procura muito grande entre os nossos clientes sobre a digitalização de serviços. Algumas empresas não necessariamente viraram digitais mas começaram a vender e entregar através de apps de terceiros como Rappi e Ifood; De algum modo mudaram a sua forma de entregar o seu produto ou serviço.” (Felipe Wasserman)
Quais Setores foram aceleradas?
“Temos que pensar em dois tipos de empresa, as de tijolo e as de não. As empresas que já estavam no século 21 em relação a modo de trabalho e serviço vão sofrer menos com a crise, as que sempre foram mais tradicionais e conservadoras em seus processos e não estavam preparadas para mudanças rápidas vão ter que mudar.” (Alon)
Quais as mudanças no estilo de liderança?
“A importância do gestor que tem que em muitos casos precisa mudar o seu estilo de liderança. Tem muitos gestores que ainda usam pressão como liderança, e agora sem ver constantemente os seus liderados e oferecer a pressão presencial, eles tem que aprender a liderar de outro modo, baseado em resultado e eficiência e não somente em pressão, aprendendo a ser líder e não chefe.” (Felipe Wasserman)
Home Office?
“O Home Office sofria preconceito, como se trabalhar em casa era coisa de ficar no sofá vendo TV fingindo que trabalha. Esse preconceito foi obrigado a mudar e algumas empresas conseguem até perceber que para algumas pessoas o Home Office pode até aumentar a produtividade. Várias empresas estão aproveitando este momento e estão adotando, talvez pela primeira vez, uma rotina que há muito é considerada normal para algumas empresas como a Pipeline, que sempre trabalhou assim…” (Alon)
A junção de casa / trabalho?
“As pessoas tiveram que ver os seus funcionários, não somente como empregados, mas também como pessoas com todas as suas dificuldades do cotidiano como crianças chorando, barulhos e outras atividades cotidianas que são esquecidas quando somente se conhece a pessoa na sua versão “escritório”. É a importância da webcam na relação mais humana entre funcionários e gestores.” (Felipe Wasserman)
O post Reflexões sobre o consumo e mercado de trabalho pós-corona apareceu primeiro em Pipeline.