Inteligência artificial vai gerir 90% dos investimentos em mídia

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A Inteligência Artificial não é uma tecnologia, é um conjunto de tecnologias correlatas que tem em comum o fato de mimetizarem o raciocínio humano em alguma medida e de alguma forma. Máquinas imitando gente. Tenho dito isso aqui frequentemente. Falei de novo. 

Falo e repito, porque haverá muito em breve um momento em que não falaremos mais nela como algo novo e revolucionário, mas como algo que estará em nossas vidas como a eletricidade. Só lembramos dela quando falta luz em casa. IA vai ser assim: só vamos lembrar dela quando der pau.

Pois bem, isso dito e redito, cito aqui um dado interessante de como a IA vai impactar a mídia nos próximos anos.

Estudo do GrupoM mostra exatamente como ela deverá ter crescente relevância na compra de mídia nos próximos 10 ano, à par ser já um instrumento de otimização de performance e rentabilização das verbas em plena operação hoje.

Como nos conta reportagem do Media Post, a mídia habilitada por Inteligência Artificial será responsável por US$ 370 bilhões dos investimentos de mídia este ano, segundo o GroupM. E que esse número deverá atingir nada menos do que US$ 1,3 trilhão – ou mais de 90% de todos os investimentos em mídia até 2032.

“A infiltração da IA na indústria da publicidade aconteceu em grande parte nos bastidores, com o público em geral ciente principalmente de suas falhas: o anúncio de redirecionamento ‘assustador’ que segue alguém pela Internet, os resultados desastrosos de armar sistemas de publicidade direcionada para semear divisão e desinformação “,declarou à imprensa a diretora global de inteligência de negócios do GroupM, Kate Scott-Dawkins: “Infelizmente, esses exemplos são mais comuns do que gostaríamos de pensar – e provavelmente não são atribuídos pelos consumidores ao uso da IA”.

Para fins de análise, o GroupM define publicidade habilitada por IA como “qualquer inteligência artificial usada no processo de publicidade, desde a geração de insights até a ativação e otimização”.

“Incluímos tecnologia e algoritmos que estão sob o guarda-chuva da IA, como aprendizado de máquina, redes neurais, visão computacional, processamento de linguagem natural (NLP) e automação inteligente de processos”, explica ela no paper de divulgação do estudo.

O relatório também inclui benchmarks e projeções para gastos com anúncios habilitados para IA por meio (veja abaixo) e, não surpreendentemente, a mídia digital mais estabelecida – o tipo que é mais fácil e comumente comprado programaticamente, responde pelas maiores fatias desse mercado.

A análise exclui a receita de anúncios habilitados para IA de “ideação e produção criativas”, bem como outras formas de marketing, como chatbots de IA que lidam com atendimento ao cliente, etc.

 

Estudos e projeções como esse tendem a ser, em alguma medida, especulativos, mas não importa sua precisão. O que importa é a tendência que eles acabam por nos revelar. Esta será inevitável: a maior parte dos investimentos em mídia nos próximos anos será gerida por IA. Ponto. Eis nosso futuro revelado.

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