Inovação não existe se você não entende o que ela é, nem como funciona

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Nenhum conceito vira realidade se não compreendermos e decifrarmos o que ele significa. Pior, mesmo que entendamos o que ele quer dizer e não soubermos como adotá-lo na prática, ele pode até servir para uma boa conversa de bar, mas não serve literalmente para coisa nenhuma para seus negócios na real.

Inovação virou não só conversa de bar, como também um mantra de todos os white papers de todas as consultorias e estudiosos acadêmicos do mundo. Isso é ótimo, porque sem inovação, as empresas, hoje, não andam para a frente. Ficam obsoletas e morrem. Portanto, inovar é preciso. E vital.

Mas há, em boa parte das empresas, uma dificuldade considerável de compreendê-la, adotá-la e transformá-la em efetivo e prático diferencial competitivo de mercado.

A primeira razão para isso é que as lideranças corporativas têm, parte delas ao menos, uma preguiça secular de se modernizar e ir em busca do conhecimento básico sobre o que é e como funciona a inovação. Para identificar quais são essas lideranças e onde estão, basta olhar para as empresas com dificuldade de adaptação aos avanços tecnológicos e digitais. É lá que estarão as lideranças cansadas, obsoletas e preguiçosas. 

Inovação não é uma ideia, é um processo. Inovação não é uma entidade esotérica sábia distante, é um conjunto de normas bastante práticas. Inovação não é algo que se possa produzir isoladamente, como uma sabedoria de alguns dentro de um departamento da companhia, é uma atividade de inclusão colaborativa e integrante, que transforma não meia dúzia de ungidos dentro das corporações, mas a empresa inteira e por completo. 

Não acredito em comitês ou departamentos isolados de inovação, a não ser que eles estejam integrados ao todo da companhia. Ou não adianta tê-los, nem estimulá-los, porque serão absolutamente inócuos. 

Inovação é traduzir conhecimento disruptivo em práticas construtivas. É olhar o que o mundo nos dá e extrair disso que nos é dado, algo que quebre as cadeias legadas, tornando-as obsoletas. 

Obviamente, e portanto, inovar não é simples. Longe disso. E talvez seja por chegar a essa conclusão que muitas lideranças e muitas empresas desistem antes mesmo de começar. 

Inovar é duro e cansativo. É maratona, não um sprint (embora os sprints dos processos agile funcionem muito bem para a introdução de processos de inovação no mundo corporativo). 

A boa notícia é que há hoje dinâmicas de descoberta do novo já devidamente dominadas e didaticamente estruturadas.

Se você está em posição de liderança em alguma empresa, passou do momento de desconhecer isso e de ir atrás de sua própria inovação pessoal e profissional.

Se você é um profissional, seja em que instância estiver hierarquicamente em sua empresa, não pare de fuçar em busca desses princípios de conhecimentos disruptivos. Pois eles são a língua do futuro.

Se você não dominar o idioma, corre o risco de, profissionalmente, ficar falando sozinho.

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