E que tal criar produtos que o consumidor já confirmou que quer?

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No SXSW de alguns anos atrás, uns 4, mais ou menos, nao lembro ao certo, mas por ái, vi 4 jovens chinesinhos num palco secundário do evento, com pouca gente assistindo, mostrando um jeito de fazer produtos diferente do que as empresas sempre fizeram e, mesmo com os recentes avanços tecnológicos, seguem fazendo.

 

O modelo deles funcionava mais ou menos assim … 

 

À partir de investigações inteligentes e fora da caixa da realidade atual de vários segmentos de negócios, escolhidos também por pesquisas sociológicas digitais diferenciadas, ficavam evidenciadas demandas potenciais que os próprios consumidores não conseguiam claramente enunciar, mas que estavam lá, claramente latentes.

 

Usando programas de Inteligência Artificial que faziam essas buscas prévias através de informações e dados capturados a partir de um sem número de fontes, públicas e privadas (dentro das normas das leis de privacidade), os cientistazinhos chineese (que era como eles mais se pareciam ser), escolhiam suas apostas. Para criar novos produtos e/ou soluções para os mercados analisados.

 

A partir daí, ele criavam pop ups factories. Fábricas pop ups. Ou seja, pegavam pedaços já existentes do que seria uma fábrica completa, terceirizavam tudo e faziam as engrenagens funcionar, para volumes de produção e targets previamente determinados.

 

Não tinham fábrica nenhuma, nem estrutura de produção alguma. Seu País, a China, aliás, é um grande campo de terceirização de estruturas de produção para o mundo todo. Talvez tenha sido por isso que tiveram o insight que tiveram.

 

Se o que precisava ser desenvolvido necessitava de codificação e desenvolvimento tecnológico, aí ficava mais fácil ainda, porque hoje as estruturas terceirizadas de open innovation permitem que contratemos mão de obra especializada em qualquer lugar do mundo, quando quisermos.

 

Depois vinha a parte da distribuição e da comunicação. Igual. Tudo era terceirizado.

 

Sabe qual a chance disso dar errado e dos consumidores não gostarem? Certamente bem menor do que as estruturas atuais de produção de qualquer coisa. Por todos os motivos óbvios descritos até aqui do processo.

 

É possível fabricar qualquer produto, em qualquer empresa, dessa forma? Óbvio que não.

 

Mas é possível, sim, produzir produtos para segmentos específicos, que possam mudar o perfil de uma empresa ou incrementar de forma significativa sua origem de novas receitas. Fora o aprendizado embarcado em tudo isso.

 

Fazer produtos que o consumidor já deu sinais de que quer, hoje de uma forma tecnologicamente mais aberta e flexível de produção, me parece o ovo em pé.

 

Tentar não custa muito. E pode render demais,

 

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