Criptomoedas estreiam no Super Bowl. E daí?

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Criptomoedas, você sabe, – e o nome já explica – são moedas encriptadas. Algo só possível no mundo digital em que vivemos. É um ativo circulante virtual, embora tenha valores reais, que podem ser negociados e trocados no mundo, rã, real (seja lá isso o que for hoje). 

 

Há em torno delas um pouco de tudo. Ignorância, uma boa parte. Críticas, dos mais nefastões e céticos (embora eles possam até ter algum tipo de razão em desconfiar de algo tão novo e muitas vezes tão incerto). E adoração e aposta inequívoca de tantos outros entendidos e metidos a. Como disse, de tudo um pouco, não sendo ainda uma unanimidade, portanto.

 

Mas elas estão aí, estão crescendo vertiginosamente, e mais e mais empresas, plataformas tecnológicas e camadas de serviços se constroem todos os dias em torno delas. É uma indústria digital dentro do mercado financeiro. 

 

Então é assim. Toda indústria precisa contar que existe, para se fazer valer e acontecer. Por isso, as indústrias fazem marketing. E por essa mesma razão, o marketing usa a sua maior arma de comunicação: a propaganda.

 

No mundo da propaganda global, o mais valioso espaço publicitário da Terra talvez seja o Super Bowl. Pois será lá que empresas de criptomoedas entrarão em campo para contar sua história e mostrar seus comerciais (embora não possam pagar em cripto, ainda. Na edição seguinte, estou certo que sim…).

 

Segundo o Ad Age, ao menos duas novas plataformas de cripto estarão lá nesta próxima edição da sempre tão esperada e celebrada final do campeonato de futebol americano, a FTX e a Crypto.com.

 

Isso faz de 2022 a primeira vez que empresas de criptografia exibem comerciais nacionais durante o Super Bowl. Isso ocorre em um momento em que o mercado de criptografia se aquece e as empresas buscam educar os consumidores sobre a tecnologia. Combater a tal ignorância a que me referi.

 

Como conta o Ad Age, a FTX tem reforçado seus esforços de marketing nos Estados Unidos, recentemente contratando Tom Brady e Gisele Bündchen para uma campanha que foi ao ar durante os jogos da NFL no início desta temporada. Um novo anúncio que estreou na semana passada mostrou times da NFL e fãs enlouquecidos por Brady discutindo uma troca de passes.

 

Comenta-se que Brady e Bündchen têm participação acionária na FTX, assim como a estrela da NBA Steph Curry. A FTX também se tornou a bolsa oficial de criptomoedas da MLB e recentemente fechou um acordo de direitos de nome para a casa do Miami Heat da NBA, que agora é chamada de FTX Arena.

 

E daí o que?

 

Daí que as criptomoedas e o mundo financeiro digitalizado estão se tornando mainstream. Vão ser em breve tão normais quanto hoje é cada vez mais anormal pagar em cheque. E, cada vez menos normal também pagar em papel moeda. Que chamamos de dinheiro.

 

As criptomoedas, para o bem ou para o mal, são rápidas, seguras e muito práticas. As oscilações financeiras a que estão sujeitas são equivalentes, em certa medida, às mesmas oscilações de investir em bolsa ou em outros ativos de risco. Ou comprar dólar, por exemplo, algo que fazemos na boa desde que o dólar é dólar.

 

O mundo financeiro sempre conviveu com o risco. As criptomoedas tem os seus. Mas vão evoluir e anunciar mais e mais no Super Bowl. Aguarde, sintonize, e verá.

 

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