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Chief Innovation Officer: cargo ainda vago no mundo corporativo - Innovation Insider

Chief Innovation Officer: cargo ainda vago no mundo corporativo

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Qual é o profissional com mais adequados e prontos skills para ser o Head of Innovation ou o Chief Innovation Officer dentro das empresas, já que essa posição é nova e, em verdade, com esse desenho, nunca de fato existiu nas companhias antes?

Bom, os candidatos mais óbvios seriam os profissionais que sempre ocuparam as posições de P&D, certo? Afinal, foram eles que contribuíram positivamente para a inovação durante décadas e décadas nas companhias. Sim, isso é verdade. Mas atenção: P&D não é inovação. P&D é o que o que o nome diz, Pesquisa e Desenvolvimento, e Pesquisa e Desenvolvimento pode ser para produtos e serviços absolutamente padrão. Não é sinônimo de inovação. Em muitos casos, até pelo contrário, já que muitos profissionais dessa área acostumaram-se a processos estigmatizados por uma dinâmica de outros tempos, em que desenvolver um produto poderia demorar anos. Hoje, não pode demorar mais do que semanas. 

Outro candidato para a vaga são os caras de TI. Afinal, com tecnologia no nome, esses profissionais, em tese, têm na mão já de cara um ferramental hoje considerado essencial (embora não mandatório) para a inovação. 

Ocorre que também esses profissionais acabaram por se tornar muito técnicos em suas disciplinas de excelência, dominando com alta excelência as suites tecnológicas com as quais trabalham na infra-estrutura das companhias, mas muitos perdendo a visão das complexas dinâmicas de mercado do que ocorre lá fora, longe de seus bits & bites e das plataformas com as quais lidam. 

Aí tem os caras de produto, que podem ser fortes candidatos por estarem diretamente ligados à demanda de mercado e aos movimentos de adequação das necessidades dos consumidores à aceitação daquilo que as empresas querem oferecer a eles.

Mas convenhamos que também essa não é, por definição e conceito, o melhor desenho para o que se espera de um profissional de inovação nas empresas, já que ele tem, em verdade, que partir dessa base para ir adiante e subvertê-la de alguma forma, indo além do market fit e construindo o market disrupt.

Aí tem o cara de marketing, que poderia, sem dúvida, ocupar o cargo de Chief Innovation Officer, porque tem nas mãos, além daquilo que os profissionais de produto tem, também a mente criativa daquele cara que inventa ações originais para as marcas, com suas campanhas e projetos fora da caixa. Só que o profissional de marketing, pelo menos na média, não tem o perfil inovador. Ele chega até a criatividade mercadológica, mas raramente vai além disso, faltando a ele, salvo raras exceções, o drive para liderar transformações inovadoras nas companhias.

Tem vindo daí, registre-se, alguns dos profissionais que ocupam hoje o cargo de Chief Innovation Officer, ou Head of Innovation, em algumas companhias. Pode ser que muitos outros venham daí também.

O pessoal de ecommerce tem, por definição e histórico, baixa capacitação para liderar a inovação, mantendo-se mais focados na performance de vendas e resultados mais imediatos. Quem pensa apenas em resultados imediatos, dificilmente terá cabeça para conceber inovações disruptivas, mesmo em sua própria área de atuação.

Assim, o que vemos, é que as companhias ainda não tem, levando-se em conta o legado e o inventário de opções profissionais até hoje a sua disposição, os skills necessários para encontrar e nomear seus Chief Innovation Officer.

Aliás, a esmagadora maior parte das companhias sequer tem esse problema, porque não está nem aí com a preocupação de achar um Chief Innovation Officer, já que não colocou a inovação no âmbito hierárquico do seu C-level. Nem no coração de sua estratégia de evolução enquanto empresa.

Assim, tudo indica, esse cargo vai continuar essencialmente vago nas empresas e no mercado. O que é um espanto, num mundo em que a inovação move tudo.

Empresas e profissionais, notadamente no mundo corporativo clássico, são lagards. Retardatários por excelência. Só se mexem quando são disrompidos, e aí, pode ser tarde demais. E então será, de fato, desnecessário um Chief Innovation Officer.

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