AI (Artificial Intelligence) concept. Deep learning. GUI (Graphical User Interface).

A parte inteligente do Business Intelligence virou burra. AI muda isso.

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Há os que tenham chegado a supor que com a chegada da Inteligência Artificial as atividades de Business Intelligence tenham entrado em cheque, já que máquinas poderiam, em tese, de agora em diante, fazer tudo que pessoas de BI fazem, com maior acurácia, em maior volume e com muito maior rapidez.

 

Essa percepção é apenas em parte verdadeira. Máquinas dotadas de AI são de fato muito mais precisas e rápidas do que seres humanos. Mas a parte verdadeira da conclusão termina aí.

 

Pra começar é sempre bom um freiozinho de arrumação: o que é mesmo Business Intelligence?

 

Na prática, hoje, é a captura e gestão de dados a serviço da inteligência de negócios. Ocorre que, na real, as áreas de BI das empresas tornaram-se burocráticas e a efetiva entrega de insights valiosos para negócios é meio ridícula. Business Inteliggence virou burra.

 

A base desse problema está no fato de que o acesso a dados se tornou de tal forma pervasivo que as companhias conseguem hoje capturar um volume de informações muito maior do que podem, de fato, processar, absorver e usar. E eles ficam lá, lindos e maravilhosos, revelando intimidades e características de consumidores e mercado, mas tendo baixa eficácia e aplicabilidade prática. Insights? Nicas. Quase nada. Bem pouco mesmo.

 

Como disse, a parte Intelligence do BI ficou burra.

 

E é aí que a Inteligência Artificial entra.

 

Se utilizada de forma… hã… digamos … inteligente, seu jeitinho artificial de ser pode entregar, de fato, todos aqueles atributos que descrevi lá acima, otimizando a eficácia e o uso verdadeiramente transformador dos dados para a geração de insights acionáveis e geradores de negócios para as companhias.

 

A prática equivocada e pouco lúcida dos insumos de BI ganhará assim o que nasceu para ser e perdeu: dados que mexam o ponteiro de resultados das companhias.

 

Sendo que, destaco, o  lado humano dessa equação segue sendo vital hoje. Todo esse emaranhado de informações, mesmo que anabolizadas, por Ai, carecem ainda de interpretações e deduções, cruzamentos e conclusões, além da vital indução operacional às áreas devidas do negócio, que máquina nenhuma (pelo menos não ainda) consegue fazer. São humanos mesmo que seguem tendo que tocar esse job.

 

BI e AI são, assim, o casamento perfeito para essa curva da história em que vivemos, em que dados se tornaram petróleo, mas que se não soubermos explorar tudo o que eles têm para nos dar, serão apenas combustível de coisa nenhuma.

 

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