“A perfeição é uma meta, defendida pelo goleiro da Seleção. Mas eu não sou Pelé nem nada, se muito for sou um Tostão. Fazer um gol nessa partida não é fácil meu irmão.”
Gilberto Gil
Tenho uma coisa difícil para te dizer: a perfeição não existe. Tudo bem, tem o Moisés, de Michelangelo. E tem as travessuras perfeitas das divindades. Mas falo de nós, decaídos normais.
Definitivamente, não sou o primeiro, e certamente não serei o último, a falar sobre a Paralisia da Perfeição. Mas vamos lá: a busca pela Perfeição, com “P” maiúsculo (aquela dos gregos), é uma síndrome humana, que por na maioria das vezes inatingível, conduz mais ao beco sem saída da paralisia, do que à avenida aberta, a Champs-Élysees triunfante do sucesso.
Muita coisa bela foi criada nessa busca. Mas muita coisa boa se perdeu na paralisia.
Pior: muita gente, muitos sonhos, muitos projetos, muitas iniciativas atolaram para sempre no limbo do esquecimento e da inexistência, em busca da perfeição.
A Paralisia da Perfeição imobiliza, gera pânico e induz dramaticamente à certeza de que, não sendo capazes do Perfeito, não somos então, por óbvio, capazes de nada.
Daí, para que o primeiro passo, já que toda jornada nos leva a lugar nenhum?
Busque o ótimo, faça o melhor, nunca descarte o bom.
Mate o perfeccionista em você e seja feliz.