Você certamente já deve ter visto e ou tomado conhecimento de plataformas e marketplaces que aglutinam profissionais, de um lado, e, de outro, empresas que, online, os contratam virtualmente, para tarefas e projetos integralmente realizados no ambiente virtual, via web.
Isso não é uma tendência. É a força do trabalho repactuada e um novo patamar evolutivo na relação das empresas com seus colaboradores.
Vida longa à CLT, não é isso. Não se trata do banimento, menos ainda de desrespeito a sólida e sempre vital relação fixa e estável do trabalhador com seus empregadores, preservados aí seus direitos trabalhistas legais e a segurança que uma relação dessa traz ao trabalhador, às famílias de trabalhadores e à sociedade em geral.
Mas a economia colaborativa e as sociedades conectadas, acrescentando-se a isso um volume cada vez mais crescente de empreendedores e jovens em busca de uma relação empregatícia mais fluida e menos formal, estão viabilizando novas bases estruturais de relacionamento entre capital e trabalho. E essa nova força de trabalhadores opta por ela não por necessidade e falta de opção, mas exatamente pelo oposto, ou seja, por livre e espontânea vontade e por convicta opção.
É assim que esse novo formato, hoje anabolizado pela tecnologia e seus avanços, institui uma nova ordem não só de relacionamento entre empresas e trabalhadores, como também, e talvez principalmente, redimensiona como poderemos trabalhar de agora em diante, isso tudo influenciando nas dinâmicas de produção e operação de todo o sistema corporativo contemporâneo.
Não é pouco. E não estou apenas falando da Gig Economy, normalmente entendida como o trabalho para tarefas pontuais e contratado por jornada, nada definitivo, tudo parcial e passageiro. Uber é o que vem à cabeça de todos.
Não está nada errado, é isso mesmo. Mas não é apenas isso.
As novas plataformas tecnológicas permitem adicionalmente que trabalhos enormes e não tão passageiros assim possam ser feitos de forma colaborativa online, estando a força de trabalho onde estiver, em qualquer parte do mundo. Permitem ainda que a seleção de habilidades e contratados seja feita hoje por Inteligência Artificial e que todas as tarefas sejam gerenciadas por ferramentas de follow up e metrificação igualmente automatizadas.
Esse conjunto de novas plataformas e tecnologias para a execução de trabalhos remotos está redesenhando o jeito de trabalhar de parte cada vez mais relevante das companhias e dos profissionais.
Não é uma tendência, é uma pequena e transformadora revolução. Preste atenção.