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A bizarra Internet Quântica está a caminho. Na velocidade da luz - Innovation Insider

A bizarra Internet Quântica está a caminho. Na velocidade da luz

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A Internet Quântica será, obviamente, muito mais veloz que a atual. Nela, tudo vai viajar, na verdade, bem mais rápido que a velocidade da luz. Ela será também a prova de hackers. Mas esses são atributos bem simplistas diante do que ela será

A Internet Quântica será, obviamente, muito mais veloz que a atual. Nela, tudo vai viajar, na verdade, bem mais rápido que a velocidade da luz. Ela será também a prova de hackers. Mas esses são atributos bem simplistas diante do que ela será.

Com ela, ou através dela, baseando-se nas descobertas e avanços da física quântica, dois objetos podem co-existir em estados e localizações diferentes ao mesmo tempo. Êitcha. Aí começamos a entender a bizarrice da Internet Quântica. Se é que dá para entender de fato algo assim.

Através dela, ao menos conceitualmente até o momento, até porque a Internet Quântica está hoje no seu mais original e embrionário estágio de desenvolvimento, será possível teletransportar não só informação e dados, como a Internet de hoje, mas também partículas, moléculas e células. Que são corpos físicos, entende?

E aí, bem, aí você já começou a imaginar, certamente, que a ideia de teletransporte humano, aquela mesma do Capitão Kirk e do senhor Spock em Jornada nas Estrelas, começa a poder parecer algo, rã, digamos, possível.

Pense num experimento assim, para começar a entender a bagaça.

Se emitirmos um raio laser na direção de um prisma, ele vai se dividir em dois. Pois bem, esses dois raios, ou partículas de raio, resultantes estarão, a partir daí, enredados fisicamente para sempre. É uma propriedade física. Mesmo que separados não importa a que distância. Na verdade, para você entender (ou desentender de vez) melhor ainda esse experimento, os dois raios não são dois, mas um mesmo raio, ou partícula, ocorrendo em dois lugares ao mesmo tempo. Um interferindo e reagindo com o outro ou a partir do outro, simultaneamente.

Se injetarmos informação num desses raios, ou partículas, aqui, essa informação vai aparecer do outro lado imediatamente, em tempo real. Se retirarmos essa informação aqui, ela some ao mesmo tempo lá. Entendeu por que eu falei bizarro?

Esse seria o princípio ativo ou a base para o desenvolvimento da Internet Quântica, uma internet em que duas coisas iguais (ou uma dividida em duas) acontecem ao mesmo tempo, mesmo que separadas e distantes entre si.

No momento, cientistas quânticos na Europa, China e Estados Unidos apenas pesquisam as possibilidades e potenciais da Internet Quântica. O primeiro passo é construir a base de uma rede, uma quantum network. Ainda não é uma nova Internet em si, mas uma rede fechada para testes e experimentos. Aí, depois caminharíamos para redes de redes e, assim, como no caso da velha e boa Internet de hoje, construiríamos uma rede global quântica. Entenda que isso é tudo teoria ainda, certo? Mas os malucos envolvidos juram que uma teoria possível de se tornar realidade.

Um desses experimentos teste está sendo desenvolvido nas proximidades de Nova Iorque, na Stony Brook University, pelo cientista Eden Figueroa e sua equipe e poderá estar pronta em dois anos.

Um problema que já apareceu no horizonte das pesquisas do Figueroa e seus pares é que quando se coloca, digamos, photons, que são quantuns de luz (você agora já está craque nisso, certo?) numa rede de fibra ótica para sua transmissão, eles se perdem mais ou menos numa distância de 60 milhas. Passam a interagir com os cabos em si ou com a luz solar, mesmo que distante, e… somem. Dissolvendo-se a si mesmos e ao seu enredamento original.

Mas esse, para um entendido como eu, me parece ser o menor dos problemas a resolver.

Vai dar certo, caros quânticos. Força aê! Loquinho pra ver no que isso vai dar.

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