Quanto custa um hacker na Dark Web

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Esta lista abaixo é a expressão do mais alto grau de violência digital global hoje, feita uma aparentemente inocente tabela de preços.

O site TechRepublic publicou semana passada matéria intitulada “What it costs to hire a hacker on the Dark Web”. É um chute no estômago. E uma elegia ao desalento. Pelo menos foi o que senti ao ler.

 

A Dark Web é o antro da selvageria digital de todo tipo. Encoberta por camadas encriptadas de algoritmos de alta eficiência, nela a podridão humana rola solta. 

 

E isso certamente abrange a área do crime cibernético. De ataques a sites a malwares personalizados, você pode contratar o seu hacker de preferência.

 

Para conduzir sua análise, os pesquisadores da Comparitech, empresa que elaborou o estudo de concorrência e de preços dos hackers, examinaram mais de 100 listagens de 12 serviços de hacking diferentes. Os preços reais de muitos serviços são negociados com base no tempo, escopo, complexidade e nível de risco. Os preços de venda são normalmente listados em bitcoin, que a Comparitech converteu em dólares americanos para seu relatório.

 

O item mais caro do menu são os ataques pessoais, geralmente envolvendo difamação, sabotagem legal ou interrupção financeira. Mudar as notas escolares foi o próximo serviço mais caro. Todos os hackers exigem pagamento adiantado, embora alguns prometam um reembolso se o hack falhar.

 

Como relata a TechRepublic, a maioria dos hackers contratados só aceitará um job se acreditar que pode realizá-lo. Um grupo encontrado pela Comparitech chega a dizer em seu site: “Em cerca de 5% a 7% dos casos, hackear é impossível.” A maioria dos hackers afirma que pode terminar o trabalho em 24 horas, embora hacks mais avançados possam levar dias ou semanas.

 

Hackers especializados em ataques pessoais vendem seus serviços por US$ 551 em média. Um ataque pessoal pode incluir sabotagem financeira, problemas legais ou difamação pública. Uma tática apregoada por um hacker é enquadrar a vítima como um comprador de pornografia infantil. 

 

O hacking de sites custa em média US$ 394 e inclui ataques contra sites e outros serviços hospedados online. Um grupo citado pela Comparitech disse que poderia acessar um servidor web subjacente ou o painel administrativo de um site. Outro grupo apregoou que ele poderia roubar bancos de dados e credenciais administrativas.

 

Um serviço de hacking de computadores e telefones custa em média US$ 343 dólares. Nesse tipo de ataque, o hacker invade o PC ou telefone da vítima para roubar dados ou implantar malware. O sistema operacional não parece importar, pois eles se gabam de poder acessar Windows, macOS, Linux, Android, iOS, BlackBerry ou Windows Phone.

 

Invadir uma conta de mídia social custa em média US$ 230. Neste serviço, o hacker espiará ou sequestrará contas de plataformas como WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, Skype, Telegram, TikTok, Snapchat e Reddit. A atividade maliciosa depende do serviço. Os criminosos que invadem a conta do Facebook ou Twitter de uma vítima geralmente roubam credenciais para dar ao comprador acesso total à conta. Aqueles que acessam uma conta do WhatsApp provavelmente espionarão mensagens ou farão capturas de tela.

 

O hacking de e-mail é vendido por US$ 241 em média. Nesta atividade, o hacker rouba a senha do e-mail da vítima e, em seguida, dá essa senha ao comprador ou invade a conta para acessar os dados. Em alguns casos, o criminoso pode configurar um processo de encaminhamento de e-mail para obter uma cópia de todos os e-mails da vítima.

 

O fim do mundo, todos sabemos, está ali em algum lugar do futuro. Mas o presente já está bem parecendo que ele já chegou.

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