Qual, afinal, a estratégia para botar o digital de pé?

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Já atuei como estrategista em diversos cenários: agência, cliente pequeno, médio, grande e startup. É muito comum me abordarem pra perguntar qual a estrutura correta/melhor/ideal para fazer o digital:

Agência?

Freela?

Internalizar?

Equipe dos sonhos?

Conhecimentos necessários?

Tem alguém pra indicar?

Quanto custa?

Quais ferramentas?

O que respondo é que minha metodologia consiste justamente em falar sobre isso no final do processo numa etapa fluxos e recursos (se quiser saber mais sobre a trilha que eu sigo, dá uma olhada aqui). Isso mesmo, no final. Não vou chutar um número de investimento (seja em mídia ou em pessoas/recursos) sem escopo claro, definido e discutido. Chute não dá mais no mercado de marketing que PRECISA ser pautado por números.

Fazer a roda girar depende de uma sérieeeee de fatores. E não existe um modelo ou resposta pronta (não é à toa que o mercado todo está batendo cabeça pra fechar essa conta). Cada empresa tem sua curva de maturidade no digital, seu histórico e o mais importante: seu momento estratégico. Como opinar sobre “fazer a roda girar” naquele negócio sem saber a sua projeção de meta, estratégia, cenário atual e o que é desejado em termos de tecnologias utilizadas, processos e pessoas?

Parece que o mercado ainda quer uma receita de bolo de um modelo que é líquido… Surpresa: não tem! Infelizmente. O que vai responder é a demanda de trabalho e o tamanho do desafio. É um mantra que não canso de dizer: tudo depende da estratégia. Se ela não existe, não há formato que funcione. Não vou arriscar dizer quem contratar ou qual modelo vai funcionar sem saber dos gargalos e das deficiências internas que todas empresas têm. Eu sei que isso parece a famosa “resposta sabonete”, mas eu prefiro dizer que não sei do que falar algo que possa prejudicar uma empresa no futuro.

Sem contar que, claro, temos zilhões de ferramentas hoje. Mas só vamos saber qual se aplica no negócio quando temos a expectativa x realidade muito bem alinhadas. Já vi empresas internalizando todos os processos e exigindo perfis profissionais quase que inexistentes na raça humana: todos os skills numa pessoa só, quase a perfeição. Também já vi empresas contratarem tecnologias caras e não terem quem pilote, ou simplesmente esquecerem de definir o básico para usar 100% do potencial delas. Vira custo em vez de investimento otimizado. E é mais fácil culpar a ferramenta, né?

Mesmo com a metodologia sendo aplicada, prefiro ser bem clara: depois do plano validado e discutido, são apresentados cenários de possibilidades. No entanto, tanto o cenário A quanto o B levam em conta investimento, tempo e testes…. Sim, muitas vezes os testes são necessários para, talvez, encontramos um modelo C ideal.

Alguns clientes começaram com equipe interna e depois contrataram especialistas. Outras, desenvolvem talentos em casa sabendo que existe curva/tempo de aprendizado. As maiores, por sua vez, lidam com vários parceiros, e por isso precisam costurar tudo o tempo todo (o que é difícil demais).

 

O futuro do trabalho está sendo questionado pelo mundo. Não dá pra acreditar que a solução será uma só e igual para todos. 

 

Não dá mais pra acreditar num marketing que se vende como novo, mas quer respostas sem perguntas ou apenas com base em achismos. Quando temos na pauta a estratégia bem desenhada, o conhecimento profundo e sincero de capacidade interna e o investimento com base em objetivos de negócio, será muito menos dolorido, de fato, desenhar os cenários de quem entrega, como entrega e quanto custa.

 

Pé no chão. Não comece pelo final.

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